Esta lista de termos
constitui-se em um instrumento de apoio, desenvolvido para auxiliar usuários e
pesquisadores no entendimento dos termos e palavras que denominam os documentos
componentes do acervo histórico do Arquivo Histórico de Florianópolis, Professor
Oswaldo Rodrigues Cabral. Refere-se ao Catálogo dos Livros Históricos e está
organizado em ordem alfabética.
A
ATA
Documento manuscrito de
registro de uma reunião em uma instituição.
ATO
Documento redigido segundo
determinada fórmula e suscetível de produzir consequências jurídicas. O ato
administrativo é toda e qualquer manifestação declarativa de direito ou
mantenedora da ordem pública oriunda de qualquer dos três poderes do Estado.
Abrange tudo quanto o Estado pratique, através de qualquer um de seus órgãos
dentro de sua jurisdição.
AUTOS
DE ARREMATAÇÃO
Documentos manuscritos do
século XIX que apresentam os registros de transferência dos bens penhorados.
AUTOS
DE POSSE
Autos de posse são
documentos de concessão legítima de terra ao requerente em substituição à
concessão de Sesmarias.
AUXILIAR DE DESPESAS (1870-1871)
Documento
provincial de registro de Despesas feitas pelo Governo e pela Assembleia
Provincial para o exercício do Poder Imperial nas províncias.
AUXILIAR DE RECEITA (1870-1883)
Documento
provincial de registro de Receitas obtidas por meio de impostos, taxas,
tributos, dentre outros.
B
BALANCETE
Instrumento contábil
utilizado para verificar os
lançamentos contábeis realizados dentro de um determinado período.
BENS
DE RAIZ
Registro de impostos e
recibos de bens. Raiz: terras e lotes.
BOTICÁRIO (SÉCULO XIX)
Ofício
equivalente moderno ao farmacêutico. Também atuava como químico e realizava
sangrias, suturas e extração de dentes.
C
CÂMARA
Assembleia deliberativa
constituída em corpo legislativo ou ainda local onde se reúne uma assembleia,
por exemplo, Câmara de Vereadores.
CÂMARA
MUNICIPAL DE NOSSA SENHORA DO DESTERRO – C.M.
Denominação utilizada nos
documentos que transitam pela Câmara Municipal de Nossa Senhora do Desterro.
CONTRATOS
DE LOCAÇÃO DE SERVIÇOS (ESCRAVOS, 1881)
Documento utilizado na
comercialização e/ou contratação de serviços de escravos na jurisdição da
Câmara Municipal de Nossa. Senhora do Desterro.
CHANCELARIA
Denominação genérica de
instituição certificadora de fé pública ou ainda o equivalente moderno das
relações exteriores de um país ou província. Livro de Chancelaria é aquele que
contém os documentos oficiais manuscritos, aprovados, selados, rubricados e
carimbados.
CHANCELER
Denominação do guarda do
selo real; funcionário que rubrica, carimba e aprova documentos oficiais.
CORRESPONDÊNCIA
RÉGIA
Cartas do rei endereçadas
para a Câmara Provincial.
D
DECRETO
É o
documento de uma autoridade sobre a matéria em que tem competência, ou ainda, um ato administrativo
levado a cabo pelo Poder Central (Monárquico ou Republicano), com conteúdo
normativo regulamentar e equivalente às leis.
E
EDITAL
Documento
que regulariza a chamada de uma determinação, aviso que se fixa em lugares
públicos ou comunicação que se anuncia na imprensa oficial ou em jornais de
grande circulação, para conhecimento geral ou de alguns interessados. Um edital
pode comunicar uma citação, uma licitação de obras, um proclama, um contrato,
uma exoneração, uma tomada de preço. Ex.: Editais da Câmara Municipal de
Desterro, editais de mandatos públicos do século XIX.
F
FOROS
DE TERRA
Documento
de cobrança de imposto sobre a terra. Quantia em dinheiro ou em espécie paga
anualmente ao senhorio. Aforamento era o direito transmissível aos herdeiros de
um aforador, desde que respeitado o número de vida combinado, durante o período
colonial. Não era cobrado imposto sobre as concessões de terras por sesmarias.
I
INTENDÊNCIA MUNICIPAL
Equivalente
moderno ao poder exercido pelas subprefeituras na atualidade, exercido pela Câmara
Municipal e pela Assembleia Provincial por meio de eleições que definiam o Conselho
de Intendência e nomeavam o intendente municipal.
L
LEGISLAÇÃO
PROVINCIAL
Conjunto de leis que regiam
as atividades e ações das instituições e sociedade no período do Brasil Colônia
e Brasil Império.
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M
MANIFESTO
Manifesto de carga relaciona
os produtos transportados em um meio ou unidade de transporte. O manifesto
fornece detalhes comerciais dos produtos, tais como: números de documentos de
transporte; consignadores e consignatários; símbolos e números; número e tipo
de embalagens; descrições e quantidades dos produtos. Pode ser usado em lugar
da declaração de carga. Ex.: Manifesto das carnes.
M.P. – Abreviação de Mercado
Público Municipal.
MERCADO
PÚBLICO
Local público destinado para
comercialização de produtos.
Histórico
- O prédio que hoje abriga o Mercado Público de Florianópolis foi
construído em frente à Alfândega no ano de 1898, em substituição ao antigo
mercado, o qual foi demolido em 1896 após 45 anos de funcionamento. O atual
Mercado Público Municipal foi construído em duas etapas: a primeira, em 1899,
contava com apenas uma ala. Em 1915 foi construída em cima de um aterro a
segunda ala, bem como as torres, as pontes que as interligam e o vão central. A
totalidade da construção conta com 140 boxes, onde encontramos roupas,
utensílios, alimentos e trabalhos de artesanato em cerâmica, palha e vime.
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O
OFÍCIO
Documento. Comunicação escrita, formal e cerimoniosa,
utilizada no serviço público, trocada entre autoridades que exercem as mesmas funções
ou de funcionários com cargos inferiores, para seus superiores hierárquicos,
com o propósito de fazer uma solicitação ou reivindicação oficial.
P
PETIÇÃO
Registro
de solicitações feitas pelos cidadãos às instituições oficiais, dirigidas a uma
autoridade ou a um órgão jurisdicional em assunto de seu interesse. Documento
jurídico, solicitação feita por escrito para pedir um favor, fundamentada por
um juiz ou por um órgão competente para tal.
PORTARIA
Em sentido formal, trata-se de documento oficial
e administrativo, proveniente de secretarias de Estado, destinado a uma
repartição ou a um indivíduo com a assinatura de secretário em nome do chefe de
Estado. Documento administrativo
expedido por chefe de serviço aos funcionários subordinados.
PROVÍNCIA
A
província era um território sujeito à jurisdição de um magistrado que o
controlava em nome do governo central. As capitanias brasileiras tornaram-se
províncias em 28 de fevereiro de 1821, um pouco mais de um ano antes da
declaração de independência, no dia em que Dom João VI jurou obedecer as leis
portuguesas. A constituição de 1824 não alterou nenhuma das divisas entre províncias.
PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA
Foi
uma província do Reino do Brasil e posteriormente do Império do Brasil, tendo
sido criada em 28 de fevereiro de 1821 a partir da Capitania de Santa Catarina.
R
RECEITA
Documento que apresenta a
arrecadação de um estabelecimento comercial ou de uma comercialização.
RECEITA
DE PRAÇA CÂMARA MUNICIPAL (C.M.) – (1875/1876)
Escrituração da receita de
praça (relativo às taxas e impostos) destinada à Câmara Municipal, no movimento
exclusivo de um período.
RECEITA
DE PRAÇA DO M. P. (MERCADO PÚBLICO)
Lançamento da arrecadação
feita pela guarda de receita de praça do mercado público, numerado e subscrito
com o termo de encerramento.
RECEITA DE SISAS DE ESCRAVOS
Documento
que apresentava o valor dos impostos cobrados com o comércio de escravos.
REGISTRO (R.G. – Abreviatura de registro)
Livro
manuscrito de documentos que relacionam a correspondência recebida e expedida
pela Câmara Municipal de Nossa Senhora do Desterro. Encontram-se no acervo do arquivo histórico
inúmeros tipos de registros de correspondências e de documentos trocados entre
os órgãos institucionais do século XIX, tais como: registro de ofícios e
portarias; registro geral da correspondência da câmara de N S. do Desterro;
registro de correspondência da câmara às autoridades civis e fiscais do
município; registro da correspondência com o governo da província.
REGISTRO DE FOROS DE TERRA
Documento
que registra a quantia paga por quem tem o domínio de um imóvel ao seu
senhorio, pensão fixa.
REGISTRO DE ÓBITOS
Documento
de registro de morte dos munícipes, com detalhamento da data, causa mortis e local de enterramento.
REGISTRO DE PATENTES
Documento
que estabelece a concessão pública, conferida pelo Estado, que garante ao seu
titular a exclusividade ao explorar comercialmente a sua criação. Conjunto de
direitos exclusivos concedidos pelo Estado a um inventor. Propriedade comercial
e industrial.
REGISTRO DAS PROVISÕES
Documento
de registro das resoluções e providências tomadas ou a realizar.
REGISTRO DE RESES DA CORTE
Documento
que registra a quantidade de gado para abate de propriedade da Corte.
S
SESMARIAS
Concessão feita pelo Poder
Monárquico por solicitação de seus súditos de uso e usufruto de terras.
SISA
Designação antiga do hoje
chamado “imposto de transmissão”. Ex.: A
sisa é imposto sobre o valor de venda de imóveis urbanos – é taxada em 10%.
SISAS DOS BENS DE RAIZ
Impostos
sobre as propriedades herdadas.
T
TERMO
Em sentido formal, a palavra
significa documento. Registro escrito. Registro oficial. Declaração escrita nos
autos (Jurisprudência).
TERMO
DE AUDIÊNCIA
Documento que registra a
sessão do tribunal, as palavras usadas por uma autoridade que quer se fazer
ouvir.
TERMO
DE ARREMATAÇÕES
Documento que registra o ato
de transferência dos bens penhorados, mediante o recebimento do respectivo
preço em dinheiro, para satisfação do direito do credor.
TERMO
DE ARRENDAMENTO DE TERRENOS
Documento em que se
registram as ações de arrendar a terra. Acordo contratual em que uma pessoa
cede a outra a utilização, previamente estipulada de um imóvel ou bem. Registro
que se utiliza para a estipulação do contrato, título da terra ou escritura.
TERMO
DE EXUMAÇÃO (1931)
Documento que registra a
ação ou ato de exumar, desenterrar o cadáver para perícia, relacionado ao
translado dos corpos enterrados nos cemitérios da cidade para o cemitério de
São Francisco de Assis de 1931.
TERMO
DE JURAMENTO (1877 – 1873)
Documento que registra o
juramento de posse de autoridades entre 1877 a 1873.
TERMO
DE RESPONSABILIDADE
Documento que estabelece
juridicamente a competência para determinado ato, que resulta em ação de
ordenamento jurídico.
TERMO
DE VEREANÇA
Documento que registra os atos
dos vereadores da Câmara Municipal de Desterro.
REFERÊNCIAS
LIVROS HISTÓRICOS DO AH - ACERVO.
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